sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

continuando hoje vamos falar sobre o visual punk:
roupas, acessórios cabelos etc.

Primeiros anos

Originalmente, fãs de punk rock vestiam-se como greasers dos anos 1950 e 1960, sobretudo nos Estados Unidos, ou de forma semelhante aos fãs de Glam Rock, estilo musical em voga na Inglaterra no começo dos anos 1970. O punk teve seu primeiro estilo próprio difundido com a estilista Vivienne Westwood, dona da loja de roupas Sex que abasteceu as primeiras bandas punks na Inglaterra. Suas roupas se caracterizavam pelo uso de slogans no estilo situacionista, símbolos políticos antagônicos, obscenidade, peças baseadas em roupas obscuras como camisas de forças e parafernália a partir daí a criação individual se torna a marca registrada dos punks, transformando-se mais em uma questão de estilo do que moda no sentido popular do termo. Uma das principais fontes de inspiração foi o pioneiro norte-americano Richard Hell, famoso por cortar o próprio cabelo e adaptar, de forma "artesanal", camisetas. Era comum nesta fase um corte bem curto de cabelo, tanto para mulheres quanto para homens, numa inclinação à androginia em ambos os gêneros (diferente da "feminilização" dos glam rockers, movimento com notável influência sobre os primeiros anos do punk), e utilização de elementos de várias modas juvenis de outras décadas, como o Mod e Teddy Boy, além de elementos kitsch como suéteres multicolores, boinas, bandanas, estampas falsas de pele de animal. O alfinete, utilizado como piercing, a meia arrastão, o prendedor de patches ou aleatoriamente sobre a roupa, se tornou um dos símbolos característicos do punk.

Fim da década de 1970 e meados da década de 1980: O visual punk extremo

Após o sucesso comercial do punk rock e o surgimento dos primeiros street-punks, o caráter colorido, excêntrico e atrativo da primeira geração dá lugar ao estilo mais monocromático, opaco e agressivo. Muito influenciado pelas roupas de Sid Vicious, baixista dos Sex Pistols, que tinha a aparência semelhante aos punks norte-americanos —jaqueta de couro, camiseta e calça jeans—, o street-punk, a geração "anticomercial" do punk, adicionou a isto algumas das excentricidades do estilo tradicional britânico, como centenas de rebites, alfinetes, correntes, patches e pequenos retalhos com estampas falsas de pele de animal. Tornou-se comum também escrever mensagens como "no future" ("sem futuro") ou nomes de bandas com tinta branca nas costas das jaquetas.
Devido a difusão do estilo street-punk, o estilo original punk passou a ser imediatamente associado a new wave, que a grosso modo representou a versão comercial do punk, e pouco a pouco foi incorporando mais elementos coloridos e referências à cultura pop, abandonando o caráter ofensivo e controverso em favor de uma imagem bem humorada e caricatural. O estilo espalhafatoso do punk new wave foi muito popular (especialmente após a inauguração da MTV) e é considerado um dos símbolos pop da década de 1980.
Por volta de 1979, com o reaparecimento dos skinheads na cultura inglesa e a metamorfose do street-punk em Oi!, alguns de seus principais símbolos, o coturno, a camisa estilo pólo e os suspensórios, são absorvidos pela cultura punk. É sobre a influência dos skinheads e do hooliganismo dos fãs de Sham 69 que os punks ligados ao Oi! desenvolvem uma imagem supermasculinizada, simbolizando a violência, a virilidade e o orgulho suburbano/proletário. Este desejo de aparentar pertencer a parte suburbana, oprimida, trabalhadora e vista como heroína da revolução social, então comum entre fãs de Oi! e conhecido na época como "credibilidade de rua", teve grande impacto no estilo e levou muitos adeptos a perseguir, ridicularizar e agredir indivíduos que não correspondiam visualmente ao estilo que julgavam ser antagônico ao "estilo burguês" e típico das ruas (roupas desgastadas e que simbolizassem a virilidade e a marginalização social). Uma das bandas favoritas desta cena na época, The Exploited, popularizou, não só entre Oi!s mas no punk de forma geral, principalmente o "visual punk extremo" com tradicional corte de cabelo moicano, botas Dr. Martens, correntes, jaqueta de couro normalmente com espinhos e rebites e calça desbotada, que antes representava um elemento menor dentro do cenário punk. Muito do estilo Oi! foi influenciado por filmes de sucesso sobre violência e gangues juvenis, entre eles Laranja Mecânica, Selvagens da Noite,Quadrophenia e Taxi Driver.
Ainda em 1979, um dos veteranos do street-punk, Crass, decide abandonar a aparência tradicional punk e usar somente roupas pretas, numa inclinação a simplicidade e a uniformização, e dão início ao anarcopunk. O estilo sóbrio faz referência a total objetividade da banda, todos se vestem de forma muito parecida e a imagem de seus rostos raramente é vista em revistas e outros impressos, com a intenção de não serem vítimas do estrelato e do culto da personalidade que a indústria cultural alimentava. O desprezo pela postura típica do rock and roll somado ao estilo todo de preto da banda resultou em diversas críticas nos primeiros anos por parte dos clubes e públicos tradicionais da cena punk, sendo acusados comumente de fascistas pela aparência radicalmente diferente para a época. A cena anarco punk cresceu em pouco tempo se tornando logo um abrigo para os mais diversos estilos emergentes. Estes estilos tiveram grande influência sobre a aparência anarcopunk (e a aparência anarcopunk sobre a moda punk em geral), notavelmente a cultura gótica e o seu interesse por maquiagem, cabelos de longo comprimento e arrepiados, imagem decadentes e sombrias. O engajamento do movimento anarcopunk na luta pelos direitos animais ajudou a tornar impopular o coturno e as jaquetas de couro, que já não eram bem vistos por alguns por se assemelharem ao estilo Oi!. O engajamento, não só neste tópico, mas também em várias outras causas anarquistas como o feminismo e o pacifismo desencadeou também o costume entre anarcos de usar camisetas e patches com stêncils de slogans políticos sarcásticos e de manter uma aparência andrógina quase assexual (ou que pelo menos não fosse reforçadora do estereótipo "macho" e nem super-sexualizada ou reforçadora do estereótipo feminino de delicadeza e fragilidade). Um interesse por elementos coloridos e excêntricos dos primeiros anos punk reaparece entre alguns anarcopunks graças a influência de bandas teatrais como Chumbawamba, revivalistas como Brigandage e Rubella Ballet e a New Wave.


Roupas:


Acessórios:



Sapatos 







Moicano:

O corte moicano no movimento punk


Esse corte de cabelo tem relação direta com os antigos índios moicanos, que preferiam morrer a se deixar serem controlados pelos homens brancos que chegaram a seus territórios; por isso, os punks usam este tipo de corte para simbolizar a sua luta contra o sistema de governo que quer impor todo tipo de controle à liberdade do povo, com o lema: "é preferível morrer do que viver como um fantoche".
O corte moicano foi adotado pelos punks entre o fim da década de 1970 e o início da década de 1980, influenciados por bandas punks como The Exploited e Plasmatics, cujos líderes foram precursores do corte de cabelo no movimento britânico e americano, respectivamente. Foi também adotado por Bobak Ferdowsi, diretor de voo da NASA.

Tipos de moicano:

Moicano spikes : é o moicano que, em vez de uma "crista", possui "espinhos".
Moicano leque: é aquele que possui uma crista perfeita, originalmente com os lados raspados.


estilo moicano leque:


estilo moicano spikes:


próximas postagens iremo






quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

PUNK

Para começar nosso blog, vamos começar com o gênero punk:
curiosidades, estilo, músicas e mais...


CURIOSIDADES:

É denominada como subcultura punk os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas punk.


O Punk como Movimento Social:

No final da década de 70, o conceito da cultura punk, tomou-se o novo sentido com a expressão movimento punk, que passou a ser usado como para definir a transformação em tribo urbana, substituindo uma concepção abrangente e pouco definida da atitude individual e fundamentalmente cultura pelo movimento social propriamente dito: uma aceitação por um individuo de uma ideologia, comportamento e postura supostos comum a todos os membros do movimento punk.
O movimento punk é uma forma quase organizada e unificada para alcançar objetivos
seja a revolução política, almejada de forma diferente pelos vários subgrupos do movimento, seja a preservação e resistência da tradição punk, como forma cultural deliberadamente marginal e alternativa à cultura tradicional vigente na sociedade ou como manifestação de segregação e autoafirmação por gangues de rua. A cultura punk, segundo esta definição, pode então ser entendida como costumes, tradições e ideologias de uma organização ou grupo social.
Apesar de, atualmente, o conceito "movimento punk" ser a interpretação mais popular de "cultura punk", nem todos indivíduos ligados a esta cultura são membros de um grupo ou movimento. Um grande número de punks definem o termo "punk" como uma manifestação fundamentalmente cultural e ideologicamente independente, cujo aspecto revolucionário se baseia na subversão não coerciva dos costumes do dia a dia sem, no entanto, se apegar a um objetivo preciso ou a um desejo de aceitação por um grupo de pessoas, representando uma postura distinta do caráter politicamente organizado e definido do movimento punk e de seu respectivo interesse na preservação da tradição punk em sua forma original ou considerada adequada.
Esta diferença de postura entre o movimento punk e outros adeptos da cultura é responsável por constantes conflitos e discussões, violentos ou não, que ocorrem em encontros destes indivíduos em ruas e festivais, ou através de meios de comunicação alternativos como revistas, fanzines e fóruns.

Origem:

Estados Unidos



Originalmente, o punk surgiu por volta de 1974 como uma manifestação cultural juvenil semelhante aos das década de 1950 e 1960: era caracterizado quase que totalmente por um estilo baseado em música, moda e comportamento.
A primeira manifestação genuinamente punk, no entanto, o estilo punk rock, surgiu primeiro nos Estados Unidos com a banda Ramones, por volta de 1974, e foi caracterizada por um revivalismo da cultura rock and roll(músicas curtas, simples e dançantes) e do estilo rocker/greaser (jaquetas de couro estilo motociclista, camiseta branca, calça jeans, tênis e o culto à juventude, diversão e rebeldia).
Enquanto o rock and roll tradicional ainda criava estrelas do rock que distanciavam o público do músico, o punk rock rompeu este distanciamento trazendo o princípio da música super simplificada (pouco mais que três acordes, facilmente tocados por qualquer pessoa sem formação mínima musical) e instigando naturalmente outros adolescentes a criarem suas próprias bandas. O punk rock chega à Inglaterra e influencia uma série de jovens pouco menos de um ano depois.
Extremamente empolgado pela apresentação dos Ramones, Mark Perry abandona seu emprego e produz o primeiro fanzine punk, o Sniffin' Glue("cheirando cola"), com a intenção de promover esta nova agitação cultural. O fanzine foi o símbolo marco para o "Do it yourself" (faça-você-mesmo)punk, não tinha quase nenhum recurso financeiro e era marcado pelo estilo visual deliberadamente grosseiro e com senso de humor ácido.




Inglaterra



Na Inglaterra o princípio de que "qualquer um pode montar uma banda" e o espírito renovador do punk rock se mesclaram a uma situação de tédio cultural e decadência social, desencadeando o punk propriamente dito.
Os Sex Pistols, antes uma banda de punk rockcomum, se torna um projeto mais ambicioso com a tutela de Malcom McLaren e a inclusão de um baixista inventivo e provocador, Sid Vicious. A banda passa a usar suásticas e outros símbolos nazi-fascistas, além de símbolos comunistas e indumentária sadomasoquista num agressivo deboche dos valores políticos, morais e culturais (influenciados e patrocinados por Malcolm McLaren e Vivienne Westwood, amigos aficionados pelas ideias dadaístas e situacionistas).
Além de ridicularizar clássicos do rock and roll, as músicas da banda costumavam demonstrar um profundo pessimismo e niilismo, agredindo diretamente diversos elementos da cultura vigente, sempre em tom sarcástico e agressivo. Logo chamam a atenção de entusiastas que começam a acompanhar os shows produzindo eles próprios de forma caseira estilos de roupas e acessórios, em geral rearranjos de roupas tradicionais como ternos, camisas e vestidos, com itens sadomasoquistas, pregos, pinos, rasgos e retalhos.
Essas características — sarcasmo, interesse pelo grosseiro e o ofensivo, valorização do faça-você-mesmo, reutilização de roupas e símbolos de conhecimento geral em um novo contexto bizarro, crítica social, desprezo pelas ideologias, sejam políticas ou morais, e pessimismo — somadas ao estilo empolgante e direto do punk rock, definiram a primeira encarnação do que hoje entendemos como subcultura punk.
A partir de 1977, esta postura punk se tornou um fenômeno impactante na maior parte do mundo e pouco a pouco foi se transformando e ramificando em subgêneros.




Brasil



O movimento punk em São Paulo surgiu na Zona Norte, mais precisamente a turma roqueira da Vila Carolina, onde desde o início dos anos 1970, já se formava uma cena pré-punk influenciada por bandas de protesto estado-unidenses e inglesas, como MC5, The Stooges e Dust. Aqui, surge a primeira banda punk brasileira: Restos de Nada.
A banda foi formada em 1978 como uma forma de protestar contra a repressão do governo militar e mostrar que diversos jovens lutavam por uma sociedade melhor. O precursor dessas ideias foi o guitarrista Douglas Viscaino que como protesto criou a banda e dizia que poderia através das músicas e letras libertárias conscientizar todas as pessoas a lutarem contra a perversa forma de sistema imposta pela ditadura. Inspiradas nesse ideal, muitas outras bandas se formaram para também criticar o regime, tais quais como AI-5, Detrito Federal, Condutores de Cadáver, Cólera, Aborto Elétrico, entre outras.
Em Brasília, o punk rock chegou por volta de 1977, através de filhos de polítiMcos e embaixadores que trouxeram do exterior álbuns de bandas de punk rock que estavam nas paradas inglesas da época.
No final de 2011, um grupo de punks anarquistas e antifascistas invadiu um prédio abandonado pela administração da Universidade de São Paulo dentro do campus Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste da capital paulista.
No Brasil, já ocorreram confrontos documentados entre grupos de punks skinheads.Em Belo Horizonte, uma briga entre punks e skinheads deixou duas pessoas feridas por facadas na Praça da Liberdade.Em São Pauloum skinhead obrigou um punk a pular da janela de um trem. Na rua Augusta, punks também mataram um skinhead.
Em São Paulo, já foram registrados confrontos entre punks e e skinhead desenvolvendo aproximadamente 200 pessoas. Em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, uma briga envolvendo punksskinheads e neo nazistas resultou em 8 feridos.

Musica:

Algumas bandas punks são:

Ramones


Sex Pistols



The Misfits